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Especialista dá dicas para evitar ‘overtraining’

Por: Redação

Publicado em 25 de abril de 2023

Overtraining

Foto: O2Corre

Por Jaime Menezes*

Você já deve ter ouvido o ditado “tudo em excesso é veneno”. Pois bem, ao levar essa premissa para o treinamento - seja o de musculação ou no esporte em si - o overtraining  é caracterizado pelo excesso. Treinar em um ritmo alto todos os dias causa um verdadeiro choque no organismo como um todo: sem ter um descanso apropriado para o corpo relaxar, levamos o nosso organismo à fadiga diária. Isso gera um desgaste nocivo, que caracteriza o overtraining. Dores nas articulações, cansaço, fadiga, sensação de fraqueza, alteração do humor, dificuldade para dormir e dor de cabeça são alguns dos sinais e sintomas dessa condição. Quando um atleta se demonstra excessivamente cansado após um treino que antes conseguia tolerar com facilidade, é preciso ter atenção e considerar este diagnóstico. O desempenho esportivo, em última análise, fica comprometido, sem contar com o maior risco para lesões. A frequência cardíaca de repouso é outro sinal que pode ser utilizado para análise. Idealmente, atletas de elite e que estejam em um “grupo de risco” para o overtraining devem criar o hábito de aferir a frequência cardíaca regularmente, preferencialmente ao acordar pela manhã. Quando a frequência cardíaca de repouso começa a subir de forma inexplicável, deve-se ligar um sinal de alerta. Todo atleta apresenta certo grau de desgaste com o treinamento físico, e este desgaste será recuperado no repouso. Um jogador de futebol profissional, atualmente, dificilmente treina mais do que três horas no dia - isso quando são feitas duas sessões diárias de treino, o que não acontece todos os dias. Ainda que atletas amadores possam eventualmente “treinar como profissionais”, o que eles não conseguem reproduzir é aquilo que os “prós” fazem fora de campo: a recuperação pós-treino, que é, de fato, o que permite aos profissionais manterem a intensidade durante o treino. Quando o pós-treino está prejudicado, o atleta pode se recuperar adequadamente e entrar em overtraining, mesmo com uma carga de treino adequada ao seu condicionamento físico. Os fatores mais importantes para a recuperação pós-treino são: a alimentação, o sono e a hidratação. Assim, quando se suspeita que um atleta esteja entrando em overtraining, é preciso que se avalie se a alimentação pré, intra e pós-treino está adequada, se a hidratação está adequada e se o sono está sendo reparador. Atletas nessa condição apresentam também maior risco de lesões por sobrecarga ou esforços repetitivos, como as lombalgias, tendinites, bursites e fraturas por estresse. As lesões musculares estão diretamente relacionadas à fadiga e à incapacidade de a musculatura responder normalmente aos estímulos, de forma que são mais comuns em competidores que estejam em overtraining. O primeiro passo no tratamento é a redução na carga de treino dentro de um limite que o atleta tolere bem. Habitualmente são necessárias de duas a quatro semanas de afastamento dos treinos para se recuperar do overtraining. Durante este período, deve-se otimizar fatores como sono e alimentação para otimizar a recuperação. O retorno aos treinamentos deve ser gradativo, buscando-se monitorar sinais sugestivos como a frequência cardíaca de repouso. Caso necessário, deve-se desacelerar o processo de retorno Quando você está se preparando para uma prova de corrida, qualquer que seja a modalidade, é sempre importante ter um feedback de profissionais de Educação Física, Nutrição, Fisioterapia e Medicina. O acompanhamento é um trabalho em equipe multidisciplinar que vai melhorar cada vez mais a evolução no seu treino, portanto esteja sempre próximo desses grandes aliados da saúde!   *Jaime Menezes é profissional de Educação Física credenciado (CREF 7208-CE) e membro do Corre Que Passa Fortaleza (@correquepassafortaleza).

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