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Atualizado em 14 de novembro de 2025

Foto: O2Corre
Neste Artigo
Correr é um dos esportes mais praticados no mundo, mas junto com os benefícios à saúde, existe um risco frequente: as lesões musculoesqueléticas. Estudos mostram que cerca de 40% a 50% dos corredores já enfrentaram algum tipo de lesão relacionada à corrida ao longo da vida (Francis et al., 2019). Identificar as lesões mais comuns e saber tratá-las corretamente é essencial para manter a prática de forma segura e contínua.
As lesões mais frequentes estão localizadas nos membros inferiores, principalmente joelhos e pernas. Entre elas, a síndrome da dor femoropatelar, caracterizada por dor na parte anterior do joelho, é uma das mais relatadas. Geralmente está associada a sobrecarga, desalinhamentos ou fraqueza muscular nos quadríceps e glúteos. O tratamento inclui exercícios de fortalecimento, correção da biomecânica e ajuste do volume de treino (van der Worp et al., 2012).
Outra lesão recorrente é a síndrome da banda iliotibial (ITBS), que causa dor lateral no joelho. Essa condição está relacionada ao atrito repetitivo da banda iliotibial contra o fêmur. O tratamento inclui alongamentos, fortalecimento dos abdutores do quadril e, em alguns casos, técnicas de liberação miofascial.
Já a canelite (síndrome do estresse tibial medial) surge como dor difusa na parte interna da tíbia, geralmente em corredores que aumentaram a intensidade ou o volume de treino de forma abrupta. Repouso relativo, fortalecimento da musculatura da perna e o uso de calçados adequados são fundamentais para a recuperação.
As fraturas por estresse também merecem destaque. Mais comuns em tíbia e metatarsos, estão associadas ao excesso de carga e baixa densidade mineral óssea. O tratamento exige redução significativa do impacto, podendo incluir imobilização temporária.
Além dessas, lesões como tendinopatia do tendão de Aquiles e fascite plantar também aparecem com frequência. Ambas se relacionam à sobrecarga repetitiva e podem ser tratadas com exercícios excêntricos, fortalecimento da musculatura plantar e adaptações no treino.
A prevenção é um ponto-chave: treinamento progressivo, musculação regular e atenção a fatores extrínsecos, como tênis e superfícies de corrida, reduzem o risco de lesão. Mais do que descansar, o tratamento atual valoriza a reabilitação ativa, onde o movimento controlado e exercícios específicos aceleram a recuperação e diminuem as chances de recorrência.
Referências
Crédito da imagem: Envato