Em algum momento da sua vida de corredor você já deve ter sentido aquela dorzinha esporádica, normalmente, no fim dos treinos. Aquela que, mais adiante, começa a incomodar no começo da corrida e que irá atrapalhar a cada quilômetro percorrido. Essa dor pode ser uma tendinite, problema que está ligado ao treino inadequado, ao aumento repentino de intensidade e ao desequilíbrio muscular.
O que é a tendinite?
Como os tendões são estruturas fibrosas, com pouca vascularização (circulação sanguínea), eles possuem a função de transmitir a força gerada pelos músculos aos ossos, o que irá determinar o movimento do corpo. Quando inflamados, os tendões passam a sentir contrações, denominadas tendinites.
Manifestadas através de dores localizadas próximas as
articulações e tendões, a tendinite é uma dor difusa, que pode aparecer antes, durante e depois de uma atividade física intensa, como a corrida.
Como pode acontecer?
Muitas vezes, a tendinite acontece de maneira mecânica, podendo tornar-se crônica. Há vários fatores que podem fazer com que o problema se torne recorrente:
a falta de descanso adequado e a vascularização pobre de alguns tendões, como o tendão supraespinhal do ombro e o tendão de Aquiles (principais afetados), são algumas delas.
Além disso, a falta de acompanhamento do corredor por um médico (para o check-up), a falta de preparo físico e, principalmente, os aumentos súbitos no volume dos treinos podem contribuir para o aparecimento da dor.
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Existe prevenção?
O tratamento mais indicado é a
fisioterapia, que inclui recursos analgésicos e exercícios para o fortalecimento muscular. Outra alternativa é a terapia por ondas de choque (TOC), onde um aparelho aplica pequenos choques nos tendões estimulando a circulação sanguínea na área afetada.
E fique atento, também,
a sola do seu tênis: uma sola muito dura, bem como um tênis muito acolchoado, pode agravar ainda mais a tendinite.
(Fonte: Dr. Fabiano Muller, médico do esporte especialista em lesão muscular – São Paulo)