Cada piso possui vantagens e desvantagens para o treinamento de corrida. Asfalto, grama, areia, trilha... São muitas as possibilidades de escolha. As dificuldades enfrentadas em terrenos distintos podem ajudar durante o exercício, além de criar estímulos aos quais o corpo não está habituado.
Isso, com certeza, irá auxiliá-lo no seu desenvolvimento, no entanto é fundamental ficar atento a alguns detalhes. Veja abaixo uma lista com os pontos positivos e negativos de cada tipo de terreno, para qual treinamento servem e podem ajudá-lo e também o tênis mais indicado para cada situação.
Asfalto/cimento/concreto
Os treinos do dia a dia geralmente são realizados nesses pisos, já que são os mais acessíveis a todos. Como fator positivo, eles aumentam o rendimento, graças à melhor propulsão e maior economia de corrida. Além disso, ajudam na estabilidade da passada. Porém, é importante controlar o volume pois o impacto com o solo é grande nesses pisos.
Grama
Correr nesse terreno é ótimo para os treinos regenerativos, visto que é mais macio do que o asfalto - e também há uma redução no impacto. O ponto de atenção são os buracos - que somem, dependendo da altura da grama - e podem ocasionar lesões. Além disso, a grama oferece uma instabilidade articular ao atleta, além de uma perda de rendimento (propulsão).
Terra
A redução de impacto é grande, por isso é o piso ideal para os treinamentos de volume. Assim como na grama, vale prestar muita atenção aos buracos.
É considerado o piso que mais exige do atleta. Deve ser usado apenas em treinamentos específicos, de preferência, passados por um educador físico. Como positiva, há uma redução de impacto e fortalecimento na fáscia plantar e panturrilha do corredor. Por outro lado, há uma sobrecarga muscular a articular do pé e também da panturrilha. Corredores iniciantes devem evitar esse piso.
Como escolher cada terreno?
Os pisos mais macios devem ser incluídos como complemento de treino (um treino por semana) caso você opte por participar de corridas de rua. Se a ideia é encarar provas de aventura ou montanha, os pisos mais instáveis e com maior deformação devem ser incluídos em mais treinos semanais (de 2 a 3 treinos). Para os treinos de velocidade e educativos, escolha o asfalto ou a pista de atletismo. Já para os treinos de força e para os circuitos no trabalho de base, priorize a areia ou a grama fofa.
No caso do asfalto, use tênis com amortecimento que pode variar de acordo com o peso, nível de treinamento, distância e velocidade da corrida, variando entre um tênis minimalista a um tênis com maior amortecimento.
Para os pisos mais macios e instáveis (grama, areia, cascalho), escolha tênis com controle de estabilidade (solado mais aderentes e bem estruturados), preferencialmente variando de baixo a médio amortecimento.
Fontes: Rodrigo Lobo, diretor-técnico da Lobo Assessoria Esportiva (SP), e Leonardo Marmitt, diretor-técnico da assessoria esportiva Just Run, em Florianópolis (SC).