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Por Olavo Guerra
Nunca é tarde para iniciar nas atividades físicas. Porém, é importante que, antes de calçar o tênis e sair correndo, os novos atletas passem por um médico. É a segurança que você terá para começar seus treinamento e melhorar a saúde – e não piorar.
Não use como desculpa a sua idade. Se você é jovem, precisa fazer a consulta com o especialista tanto quanto um idoso. Os exames podem apontar pequenos problemas silenciosos, que poderão causar problemas no futuro, por isso, ninguém está isento.
Especialista em medicina do exercício e do esporte e ex-presidente da Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte (SBMEE), o doutor Jomar Souza indica os médicos que são recomendados para serem consultados antes de iniciar com as atividades físicas. “Além de um especialista em medicina do exercício e do esporte, um outro que já acompanhe o paciente há algum tempo.” Outro também indicado é o ortopedista, como ressalta o doutor Roberto Ranzini – também ortopedista e médico do esporte.
Os exames que necessários variam de acordo com a faixa etária, saúde atual, objetivos e histórico patológico – de doenças – de cada paciente. “Podem ser solicitados desde apenas um simples eletrocardiograma em repouso, até uma ressonância magnética cardíaca”, disse o Dr. Souza. “No caso do ortopedista, somente é necessário um exame clínico minucioso. A partir daí, se houver alguma alteração, são pedidos exames de imagem”, completou o Dr. Ranzini.
Ambos os médicos exaltam a importância desse processo. Segundo o ortopedista, “é fundamental na prevenção de lesões, através de orientações específicas para cada indivíduo e para a detecção de problemas silenciosos, que podem agravar com a prática esportiva.” O especialista em medicina do esporte destaca outro ponto. “É importante determinar o nível de condicionamento físico inicial para que o exercício tenha uma dose adequada e individualizada para cada pessoa.” Para o Dr. Ranzini, “a medicina preventiva é muito mais barata e mais eficaz.”
Essa prevenção é individual. Pessoas acima do peso, por exemplo, provocam uma sobrecarga sobre o aparelho locomotor e no sistema cardiovascular. Isso significa que precisam começar com treinos mais leves. Os magrinhos, por outro lado, correm o risco de sofrerem fraturas por estresse e osteoporose.
A idade também é um fator determinante. “Os problemas coronarianos [no coração], por exemplo, são mais comuns acima dos 40 anos de idade. Já os desvios da coluna costumam se iniciar na infância ou adolescência”, lembra o Dr. Souza.
É importante manter uma rotina de visitar o médico regularmente. Não há um tempo considerado ideal, já que cada paciente é único. “Se na avaliação médica foi verificado que a pessoa está saudável, um ano de intervalo entre as consultas é um prazo bastante razoável”, garante o especialista em medicina esportiva. “Caso tenha sido identificada alguma doença que precise de acompanhamento médico, o intervalo entre as consultas vai depender do estágio da doença podendo variar de três a seis meses”, completou.
O ortopedista afirma: “A frase ‘antes tarde do que nunca’ se aplica perfeitamente a quem quer iniciar alguma atividade física. Ela é fundamental em qualquer idade e só traz benefícios quando bem orientada e adequadamente programada, após uma avaliação médica completa.”
“É importante esclarecer que se a pessoa vai mudar o foco dos exercícios – passar dos 5 km para os 10 km, por exemplo – ou se teve alguma doença ou lesão, necessitando de afastamento da atividade física, uma nova consulta médica é necessária”, lembra o Dr. Souza.
Veja o passo a passo do que fazer antes de começar a correr:
Vale lembrar: procure um treinador especializado para iniciar seus treinos com mais segurança ainda. Consulte uma nutricionista, caso queira perder peso ou precise de uma alimentação reforçada para aguentar as corridas.
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