Jeff Koegel/ReproduçãoFoto: Jeff Koegel/Reprodução

Um mês após cirurgia cardíaca, garoto bate duas vezes RP nos 5km

Adicionada em 23 de outubro de 2019

Aluno apenas do segundo ano do ensino médio na escola Scotch Plains-Fanwood, Terence Downey, de 16 anos, tornou-se referência não só para sua equipe de cross country, mas para toda sua comunidade localizada em New Jersey, no leste dos Estados Unidos.

Devido a uma doença cardíaca chamada taquicardia supraventricular – quadro que acarreta em batimentos rápidos demais – o garoto foi impedido de treinar corrida. Seus treinos tornaram-se cada vez mais difíceis devido a sua condição e sintomas como tontura, falta de ar e até desmaios passaram a ser frequentes em seu dia a dia.

A saída encontrada pelos médicos foi um procedimento chamado ablação do coração, realizado em 22 de agosto. A cirurgia consiste na implantação de um cateter para corrigir a arritmia decorrente de uma má formação congênita. Apesar de recomendada uma semana de repouso, Terence compareceu ao primeiro treino logo ao sair do hospital para assistir à evolução de seus companheiros de time durante a preparação para competições futuras.

Pouco menos de um mês após a cirurgia, Downey participou de duas provas de 5 km. E nas duas superou seu recorde pessoal para a distância. Com um histórico de marcas acima de 20 minutos na prova, correu a primeira em 19min30s. Mais impressionante foi seu desempenho no segundo evento da sequência: 18min54s.

Em entrevista para a Runner’s World, seu treinador Jeff Koegel não poupou elogios ao atleta: “Terence tem sido um modelo para seus companheiros não apenas no esporte, mas na vida em geral. Apesar de ser muito novo, seus colegas podem tê-lo como referência de alguém que lida com adversidades com pensamento positivo e se esforça muito para superar possíveis obstáculos”.

Passados dois meses da cirurgia, sua paixão pelo cross country parece cada vez maior. Terence se mostra muito motivado a continuar reduzindo suas marcas. “Me sinto muito mais entusiasmado, pois agora realmente posso testar meus limites e ver minha evolução. A superação do meu quadro tornou meus treinos muito mais divertidos e me tornou muito mais competitivo que antes” contou o atleta.