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Desclassificação inédita, recorde e bandeira "fake": o que rolou no Mundial

Adicionada em 05 de março de 2018

A cidade de Birmingham, na Inglaterra, sediou o Mundial de Atletismo Indoor entre sexta-feira (2) e domingo (4). Enquanto uma promessa do atletismo norte-americano arrancava aplausos por sua boa performance, outros viraram notícia por fatos inusitados, como o catari Abdalleh Haroun, que largou antes mesmo que o tiro fosse disparado. Abaixo, você confere os destaques da competição.

Desclassificação histórica no Mundial de Atletismo

Uma cena inédita rodou o mundo no terceiro dia do Mundial de Atletismo de Birmingham. Os cinco velocistas que buscavam vaga na semifinal dos 400 metros masculino foram desclassificados pela organização.

O primeiro deles foi o catari Abdalleh Haroun, que largou antes mesmo que o tiro fosse disparado. Depois, o jamaicano Steven Gayle, o letão Austris Karpinskis, o bahamense Alonzo Russel e o granadino Bralon Traplin invadiram as raias adversárias antes da primeira volta. O regulamento só permite troca de raias após a volta inicial.

A categoria, no entanto, não teve outras desclassificações, o que garantiu a continuidade da disputa.

Recorde de promessa

Candidato ao posto de homem mais rápido do mundo após a aposentadoria de Usain Bolt, o norte-americano Christian Coleman deu mais um indício de seu potencial no Mundial Indoor de Birmingham.

Ovacionado pelo público inglês, Coleman correspondeu às expectativas e levou o ouro nos 60 metros ao cravar o novo recorde da história da competição. O tempo de 6s37 foi apenas três décimos mais lento que a marca que o jovem estabeleceu semanas atrás, em competição nos Estados Unidos. O chinês Bingtian Su (6s42) e o norte-americano Ronnie Baker (6s44) ficaram com a prata e o bronze, respectivamente.

Em grande fase, Coleman esbanjou confiança após a prova. “Eu não quero ser o próximo Usain Bolt. Quero que dentro de poucos anos as pessoas digam: ‘Quem será o próximo Christian Coleman?'”.

 

 

Bandeira improvisada

É uma tradição no mundo do esporte: um atleta vence uma competição e logo busca uma bandeira de seu país para lembrar de suas raízes. No Mundial de Birmingham, uma corredora da Costa do Marfim adotou uma solução inteligente para que seu país fosse lembrado.

Nos 60 metros da categoria feminina, a marfinense Murielle Ahoure precisou de 6s97 para subir ao lugar mais alto do pódio. O que chamou atenção foi a solução de Ahoure para suprir a falta de uma bandeira do país africano.

Ahoure apanhou uma bandeira da Irlanda e a virou ao contrário na hora da comemoração. As bandeiras de Irlanda e Costa do Marfim têm as mesmas cores, apenas com as cores laranja e verde invertidas.

Desempenho discreto dos brasileiros 

Dos sete brasileiros em ação na Inglaterra, o melhor resultado foi o de Almir Júnior, que conseguiu a medalha de prata no salto triplo. As velocistas Rosângela Santos e Vitória Rosa sequer avançaram às semifinais nos 60 metros.