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Por: Leonardo Boscolo
Publicado em 11 de fevereiro de 2022
Foto: O2Corre
Os joelhos são importantíssimos para os corredores. Quando estão lesionados ou apresentam algum problema crônico, podem comprometer não apenas a trajetória da corrida, mas até mesmo a mobilidade para atividades simples do dia a dia.
Com o passar do tempo, o desgaste no joelho pode acontecer -- na verdade, sua cartilagem que fica entre os ossos é que se desgasta --, mas não apenas por influência exclusiva da corrida.
A atividade física por si só não causa desgaste no joelhos, que é chamada de osteoartrite. O que pode causar esse problema associado à atividade física é a presença de pequenas lesões que vão se acumulando ao longo do tempo e não são tratadas adequadamente”, afirma Adriano Almeida, médico ortopedista do Grupo de Medicina do Esporte do Instituto de Ortopedia e Traumatologia do Hospital das Clínicas da USP.
Para Almeida, essas pequenas lesões podem acontecer no menisco, na cartilagem, nos ligamentos ou serem pequenas fraturas. Estas, em fase inicial, não apresentam sintomas ou poucos sintomas, que consistem em dores e inchaço na região afetada.
Por esse motivo, esse tipo de contusão não é tratado da maneira correta, fazendo com que o atleta deixe de procurar acompanhamento médico e volte às atividades antes do tempo de recuperação que seria recomendado por um profissional.
Além da presença de pequenas lesões na articulação, existem outros três fatores que podem desencadear o desgaste ou até uma contusão mais grave.
Segundo o especialista, um atleta ou uma pessoa que pratica esportes que tem algum tipo de desgaste na articulação pode apresentar e agravar os sintomas durante sua atividade.
A orientação para os atletas é realizar as atividades dentro das suas possibilidades, ou seja, aquelas atividades que não causam dor e nem inchaço no joelho”, Completa.
Adriano ainda comenta que o ideal é ter uma preparação com exercícios de fortalecimento muscular, manter a mobilidade (com movimentação completa da articulação) e, em alguns casos, em que não é permitida a prática da atividade, é muito importante continuar se exercitando de alguma maneira.
O diagnóstico normalmente é feito por meio de um exame de imagem, por exemplo, um exame de raio-x ou uma ressonância magnética. Quando descoberto o desgaste, a cartilagem do joelho não se recupera mais, mas isso não significa que não exista uma solução.
O procedimento visa eliminar os sintomas, a dor e manter a função do indivíduo. Hoje existem muitos tratamentos com esse objetivo, melhorando a dor e o funcionamento da articulação”, explica Adriano.
O método mais comum para ajudar a amenizar os sintomas é consumir suplementos. As opções mais adotadas são o colágeno, a glucosamina, a condroetina e outros que podem ser ingeridos.
Há outras formas mais invasivas, como a injeção de ácido hialurônico, que é aplicada dentro do joelho para lubrificar e nutrir a cartilagem danificada.
Para tratar o desgaste no joelho, os Estados Unidos e alguns países europeus estão utilizando fatores de crescimento derivados do plasma das células, que é rico em plaquetas. No entanto, essa prática ainda é experimental no Brasil”, explica Almeida.
Caso suspeite dos sintomas, não se automedique: consulte um ortopedista para avaliar seu caso e prescrever o melhor tratamento para você.
*Fonte: Dr Adriano Almeida (CRM 100635), doutor em ortopedia, médico do Grupo de Medicina do Esporte do Instituto de Ortopedia e Traumatologia do Hospital das Clínicas da USP.
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