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Cinco tabus na corrida que devem ser derrubados

Por: Redação

Publicado em 3 de setembro de 2025

Cinco tabus na corrida que devem ser derrubados

Foto: O2Corre

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Joelhos e quadril são prejudicados? Os seios caem? Esses tipos de dúvida ainda existem, principalmente entre iniciantes. Entenda, definitivamente, questões como essas

Por Carlos Amoedo

Há conceitos que rondam a mente das pessoas e, por mais que sejam desmentidos (inclusive por estudos científicos), costumam ser espalhados como verdade. No universo dos exercícios físicos, da corrida, em particular, isso também ocorre, prejudicando a prática de algo saudável e prazeroso. Keko Rödrigues, profissional de educação, com larga experiência em gestão de academias, selecionou alguns deles, prestando os devidos esclarecimentos

À medida que envelhecemos, correr pode ser fator de risco para artrose nos joelhos e quadril.

Ao contrário: a prática contínua e orientada da corrida estimula a produção de líquido sinovial (que lubrifica as articulações), reduzindo o risco de artrose. Com o tempo, é natural as articulações sofrerem desgaste. A artrose, também conhecida como osteoartrite, é uma doença crônica degenerativa das articulações. Evidentemente, qualquer exercício físico sem controle ou planejamento, associado ao envelhecimento, pode afetar joelhos e quadril. Agora, havendo uma boa gestão de volume de treino, que inclui, por exemplo, descanso, fortalecimento muscular e progressão de intensidade de treino, correr só faz bem.  

Trocar a pisada (calcanhar ou antepé) durante a corrida minimiza o risco de lesão

Apoiar primeiro o calcanhar no chão tende a sobrecarregar os joelhos, assim como aterrissar o antepé antes (pisada com a ponta do pé) pode fazer o mesmo com tornozelo e tendão de Aquiles. Mas isso não significa que uma técnica isolada reduza o risco de lesão. “Além disso, mudanças bruscas de pisada podem aumentar a carga em estruturas não adaptadas ao ritmo da corrida. Acertos graduais de cadência, volume, técnica e força podem ser mais úteis do que ajustar o ponto do pé a ser tocado primeiro no solo”, diz Keko.

Quanto mais amortecimento o tênis tiver, maior a prevenção de lesões.

Estudos indicam que amortecimento mais macio pode reduzir o risco de lesão em corredores leves, embora isso não seja um efeito universal. E controle do movimento parece ajudar, principalmente, quem tem pronação marcada (pisada para dentro). Mas o que prevalece mesmo para todo mundo é conforto compatível com a técnica individual de corrida, associado a um treino bem planejado. Isso vale mais do que ter um tênis de corrida da moda que promete o melhor amortecimento.

Meia ou calça de compressão ajuda a correr melhor e mais rápido.

Não há ganhos significativos nesse sentido. A utilidade de tais peças está relacionada à recuperação muscular, logo após a corrida (sensação de dor, por exemplo). Mesmo assim, o efeito pode ser variável. “Use se achar confortável, sem apostar na melhora de tempo”, aconselha Keko.

Correr faz os seios caírem.

A ptose mamária, termo técnico para seios sem firmeza e mais baixos, é provocada por fatores como envelhecimento, Índice de Massa Corporal (IMC) elevado, gestações, tabagismo e grandes flutuações de peso. A corrida não está entre eles. “Estudos mostram que o balanço dos seios pode provocar dor, sem sinais de flacidez. Nada que um top esportivo adequado não possa resolver. No mais, essa peça pode ajudar na economia de energia, por reduzir o consumo de energia durante o movimento em um mesmo ritmo. Especialmente em caso de grande volume mamário”, explica Keko

Quem é Keko Rödrigues

Profissional de educação física formado pela Universidade Ibirapuera (SP), com ampla experiência como gestor técnico em redes de academias de grande porte. É cofundador e diretor técnico da maior rede de academias de eletroestimulação muscular de corpo inteiro da América Latina e uma das principais referências nacionais na criação de estúdios fitness na categoria premium. É também coautor do livro “Eletroestimulação de Corpo Inteiro”, voltado à formação e especialização de profissionais e empreendedores do setor.

Autor: Carlos Amoedo

Crédito da imagem: Freepik

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