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Por: Stephanie Calazans
Publicado em 4 de novembro de 2025

Foto: O2Corre
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Mariana Verdelho, 41 anos, jornalista. Se, oito meses atrás, alguém dissesse que ela iria completar uma prova de corrida de 5 km, ela não acreditaria. Mas no dia 1 de novembro, com 30 kg a menos na balança e uma rotina de disciplina e dedicação, ela se sentiu pronta para encarar o desafio. Para fazer o seu debut, Mariana escolheu uma das provas mais divertidas e inclusivas do calendário nacional: a Santander Night Run.
Mariana sofria com a obesidade e todas as dores que vinham com ela: fascite plantar, tendinite de calcâneo crônica, esporão no pé esquerdo e o adendo da asma, que a acompanha desde criança. Com o passar do tempo, a vontade de fazer mais por si mesma venceu e ela tomou a decisão de mudar de vida e fazer uma cirurgia bariátrica.
“Eu fiz numa quarta-feira de cinzas, e eu acho que é uma data marcante, porque é o dia do renascimento”.
Dois dias depois de sair do centro cirúrgico, ela subiu em uma esteira e começou sua caminhada como parte da recuperação (orientada pelos médicos, claro).
“Nos primeiros 15 quilos que eu emagreci, eu já senti uma melhora muito grande na minha dor do pé, e aí fui caminhando, fui caminhando, fui caminhando, com uma vontade muito louca de correr”.
A jornalista começou a treinar para a Santander Night Run há cerca de cinco meses. Ela conta que um dia seu marido chegou em casa dizendo que havia realizado a inscrição na prova e ela decidiu se inscrever também.
“Deu aquele frio na barriga. Tipo, ‘ai meu Deus, será que eu vou conseguir? Será que eu vou conseguir?’. Eu vou conseguir”.
E, acompanhada do marido e mais duas amigas, ela não só concluiu a prova, como diminuiu o seu tempo e correu mais que 62% dos participantes.
“Meu tempo foi de 40 minutos na prova e meu tempo mínimo na esteira tinha sido 47, 48. Foi surpreendente”.
Emocionada, ela conta que sentiu vontade de chorar ao completar o primeiro quilômetro. Quando chegou no quarto, começou a cansar e sentir a respiração ofegante. Ela respeitou o corpo e diminuiu o ritmo por alguns metros. Então seguiu determinada: “Agora eu não posso parar. Tenho que ir até o fim”.
Mariana cruzou a linha de chegada e foi recebida pelo marido, que rasgou elogios e comemorou a conquista jogando água na mais nova companheira de corrida.
“Eu não conseguia nem falar direito, só conseguia chorar. Me emocionei muito. Foi uma superação muito grande”.
A nova atleta define a sensação da primeira prova concluída como “algo muito louco”.
“A sensação que a corrida te dá… é única, né? Só de falar me arrepia. É um negócio muito louco. Nenhum esporte é assim. É uma sensação de lavar a alma, de deixar todos os problemas para trás”.
Ao chegar em casa, sua primeira medalha foi direto para as mãos da pessoa mais importante: Joaquim, seu filho de três anos. A jornalista conta que ao ver o clima da corrida, que recebe também pets e crianças, pensou em como gostaria de ter o pequeno ali torcendo por ela. Em seu próximo desafio, que já está marcado, Joaquim será muito bem recebido para torcer pela mamãe e vê-la completando sua segunda prova, no Circuito das Estações – etapa Verão.
“O exemplo começa em casa, né? A criança vê o que os pais estão fazendo e ela faz também. Um dos motivos de eu querer correr cada vez mais é passar esse exemplo pro meu filho, que em breve estará correndo junto comigo e com o pai dele”.
Extasiada com a sensação que a corrida traz – não só pelo esporte em si, mas por toda a atmosfera que a cerca – Mariana revela que “não vê a hora de fazer a próxima corrida”.
Ela, que não ficou com dores após o exercício, conta que já está arrastando várias amigas para correr com ela – coisa que ela pretende continuar fazendo por muitos e muitos anos.
Inscreva-se na Santander Night Run: www.nightrun.com.br/
Imagens: Arquivo Pessoal