A falta da cultura running no Brasil

Harry Thomas Jr
Adicionada em 09 de março de 2018
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Nos Estados Unidos há várias etapas do Speedo Run, com uma infinidade de cidades recebendo a prova, conhecida por ter participantes de sunga ou maiô. O curioso é que, faça frio ou faça sol, sejam atletas, originalmente, corredores ou nadadores, todos estão vestidos com roupas de banho.

No Brasil, na mesma competição, ninguém estava vestido a caráter. Pelo contrário, muitos de legging, meias de compressão e mangas compridas. Ou seja, cobertos dos pés à cabeça neste país tropical.

Também fico a imaginar os “elogios” que os corredores brasileiros iriam escutar se entrassem no clima da prova como nos Estados Unidos.

Ainda temos que evoluir muito no quesito incentivo de público. Enquanto nas maratonas de Chicago, Nova York ou Boston milhões se postam ao longo do percurso, faça chuva ou sol, para apoiar os corredores, no Brasil aparecem alguns gatos pingados e muitos deles estão ali para tão somente te “elogiar” com piadinhas grotescas ou mesmo te assediando sexualmente.

Pois é, cada país com sua cultura running ou falta dela. Ainda temos um longo trajeto a percorrer.

 

Harry Thomas Jr

Harry Thomas Jr

Jornalista especializado em corridas de rua desde 1999, Harry competiu pela primeira vez em 1994 e desde então já completou 31 maratonas – sendo três sub 3 horas: São Paulo (2h59min30), Nova York (2h58min20) e Blumenau (2h58min10). Também concluiu seis Ultratrails: 60K Ultratrail Putaendo, 67K Ultratrail Torres del Paine, 50K Indomit Costa Esmeralda e os 50K Ultra Fiord por três vezes. Já correu em países como Argentina, Chile, Estados Unidos, Grécia e Japão.

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