Resenha (corrida) de 2017

Harry Thomas Jr
Adicionada em 22 de dezembro de 2017
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Pipocas invadem a São Silvestre como nunca visto antes e esta é a conversa de 1° de janeiro de 2017 na comunidade running. Nike investe forte no primeiro semestre, a começar pelo projeto Breaking2. Os produtos derivados do projeto são sucesso de vendas destacando o Vaporfly 4% e o Zoom Elite. A marca ainda dá seu recado de empoderamento da mulher: lança sua linha étnica para muçulmanas e outra linha para obesas.

Pausa para respirar

No exterior os embates entre atletas Nike e Adidas seguem a todo vapor. Kathrine “Kathy” Switzer, volta a correr em Boston para comemorar os 50 anos do início da luta contra o machismo no evento que não permitia mulheres. As Redes Sociais ganham cada vez mais força entre os corredores seja no Brasil ou mundo.

Pausa para respirar

Revistas de corridas impressa como a Competitor (EUA) e Sportlife (Brasil) deixam de circular. Mercado trail running avança com novas provas e mais participantes. Pipocas continuam a ser sério problema organizacional. Projetos como o ‘Corredor Legal’, que visa estimular o corredor inscrito de forma regular, trouxeram resultados positivos. Vários casos de cortadores de caminho são relatados no Brasil e no mundo e não param de passar vergonha. Cresce o número de desafios pessoais de corredores amadores. Egos seguem inflados nas redes sociais.

Pausa para respirar

Doping entre atletas amadores cresce no país. No ‘Day After Olímpico’ o grande legado foi a corrupção instalada no Rio 2016, revelada, inicialmente, pela Operação Lava-Jato. Volta e meia um ou outro corredor padece praticando corrida, porém, o percentual é baixo em relação ao universo de praticantes. Indústria, pouco a pouco, começa a fazer os desmontes de patrocínio e apoio a atletas de elite. Usain Bolt se aposenta e ganha estátua na Jamaica. Mo Farah abandona as pistas e vai para o asfalto definitivamente.

Pausa para respirar

Ícaro, da Netflix, escancara o doping russo. Organizadores brasileiros passam a exportar suas corridas pelo mundo. Mary Keitany espanta o mundo ao quebrar os recordes dos 10 km, 15 km e 20 km durante seu recorde mundial da meia-maratona. Também bate o recorde da maratona e é eleita melhor maratonista do ano pela AIMS que, no masculino, elege Eliud Kipchoge. O maratonista Paulo Paula fecha a temporada 2017 em primeiro lugar no ranking brasileiro de maratona. Organizador da Maratona do Rio de Janeiro é assassinado no início de dezembro. O norueguês Sondre Norstad Moen, usando um Nike 4%, é campeão da Maratona de Fukuoka, no Japão, estabelecendo um novo recorde europeu da distância com tempo de 2h05min48s –  a marca mais rápida de um não-africano da história.

Última pausa para respirar

Confederação Brasileira de Atletismo e Federação Paulista de Atletismo são denunciadas em reportagem investigativa do portal UOL por superfaturamento de preços e corrupção. São Silvestre divulga medidas restritivas na arena da prova. Running Crew ganham espaço em São Paulo e Rio de Janeiro. Enfim, mais um estudo profere que uma cervejinha após os treinos faz bem. Acabo de abrir a minha. Boas Festas a todos!

 

Harry Thomas Jr

Harry Thomas Jr

Jornalista especializado em corridas de rua desde 1999, Harry competiu pela primeira vez em 1994 e desde então já completou 31 maratonas – sendo três sub 3 horas: São Paulo (2h59min30), Nova York (2h58min20) e Blumenau (2h58min10). Também concluiu seis Ultratrails: 60K Ultratrail Putaendo, 67K Ultratrail Torres del Paine, 50K Indomit Costa Esmeralda e os 50K Ultra Fiord por três vezes. Já correu em países como Argentina, Chile, Estados Unidos, Grécia e Japão.

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