Dieta ortomolecular tenta restaurar o equilíbrio do organismo

Adicionada em 02 de abril de 2019

Quem faz dieta, geralmente quer melhorar seus hábitos alimentares, com o objetivo de emagrecer, mas nem todo modelo de plano alimentar é desenvolvido com essa finalidade. É o caso da dieta ortomolecular.

Criada pelo químico Linus Pauling, a dieta ortomolecular foi elaborada com o objetivo de restaurar o equilíbrio do organismo através da ingestão de alimentos.

Para isso, alguns itens são definitivamente cortados do cardápio e cada pessoa deve seguir uma fórmula personalizada.

Por isso, o plano alimentar de cada pessoa na dieta ortomolecular é montado depois de exames, como o de sangue, urina e o mineralograma capilar – o último é feito com fios de cabelo

Segundo a nutricionista Jacqueline Moniz Anversa, da Clínica Dra. Maria Fernanda Barca, a ideia é constatar quais vitaminas e aminoácidos estão em falta, para então identificar as melhores opções alimentares.

“A dieta ortomolecular não exclui nenhum grupo alimentar, mas exclui alimentos, como a carne bovina, por exemplo. Só é liberado o consumo de carnes magras. No caso do ovo, a recomendação é só ingerir a clara. Alimentos industrializados também são excluídos da dieta, ficam somente os naturais e de preferência orgânicos”, explica a nutricionista.

Carboidratos simples, como pão branco e arroz branco são proibidos na última refeição do dia.

Dieta ortomolecular e o mineralograma

O mineralograma é feito a partir de uma amostra de dois gramas de cabelo. Os fios são lavados por solventes especiais e analisados por  uma aparelhagem que elabora um relatório completo sobre os níveis de cada mineral no organismo.

Esses resultados são comparados a certos referenciais e levam em consideração sexo, idade, estatura e país de cada paciente.

 

 

Uma dieta para poucos

O exame que dá início à prescrição, no entanto, costuma restringir o número de pessoas que podem seguir a dieta ortomolecular. O mineralograma capilar, geralmente, não é coberto pelos convênios e tem alto custo.

“Muitos exames de mineralograma são feitos nos EUA. As coletas acontecem em solo brasileiro, mas as amostras são enviadas para fora”, explica a nutricionista Jacqueline Moniz Anversa .

Além do alto custo do exame, é bastante comum a indicação de suplementações que também não são baratas. Os suplementos são indicados de acordo com as carências de cada metal pesado.

“Outro ponto é que, por mais que seja a base de alimentos naturais, é uma dieta difícil de a população brasileira seguir, porque basicamente exclui álcool, e isso elimina também os momentos sociais. É preciso seguir à risca a dieta ortomolecular”, pontua.