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Lesão ArticularQuadril

Síndrome do Impacto Femoroacetabular

Choques da cabeça do fêmur contra o encaixe no osso do quadril provocam desgaste na articulação e causam dores

Por: Redação

Atualizado em 8 de abril de 2021

Foto: O2Corre

Causas

  • Causas Predisposição anatômica do conjunto do quadril Alteração mecânica da articulação nos movimentos Choque anormal entre o fêmur e a reborda acetabular Lesões do labrum, da cartilagem ou de ambos Falta de diagnóstico adequado, o que pode fazer a síndrome evoluir para artrose em longo prazo

Sintomas

  • Sintomas Dor na coxa irradiada para dentro da perna ou joelho Travamento da musculatura ao sentar, levantar, entrar e sair de carros e utilizar escadas Redução da flexão ao caminhar, calçar sapatos etc. Dores esporádicas ou contínuas, em queimação ou fisgadas, ou residuais após sobrecargas

Tratamento

  • Tratamento Medicação, infiltração, fisio e termoterapia, imobilização, pilates, reabilitação e reeducação postural Restrição contra impactos e desgaste da cartilagem, mas com manutenção de atividade e condicionamento Cirurgias para correção de deformidade óssea e lesão anatômica do labrum ou cartilagem Artroscopia para lesão labral ou da cartilagem, com implantação de prótese nos casos mais avançados

Prevenção

  • Prevenção Orientação sobre treinos, nutrição e escolha do tênis Passar por avaliação médica e respeitar o repouso Trabalhar grupos musculares com musculação, alongamento, equilíbrio e postura Evitar sobrecarga de pesos e exercícios de impacto, flexão e abertura do quadril Adaptar-se ao treino antes de elevar a carga

Retorno às corridas

  • Retorno às corridas Após fortalecimento muscular nas coxas e no quadril Com o retorno total da amplitude nos movimentos Na ausência total de dores Após a restauração das funções do quadril em sustentar peso e os movimentos do corpo
Encaixe imperfeito entre a cabeça do fêmur e os ossos do quadril prejudica a articulação

O  quadril  é capaz de sustentar até dez vezes todo o peso do nosso corpo e apresenta grande amplitude de movimento multidirecional. Portanto, não passa de mito a afirmação de que a corrida trabalha contra a sua função.

Qualquer anomalia nessa estrutura, porém, compromete todo o conjunto, prejudicando a articulação. As lesões podem ser congênitas (ou seja, a pessoa porta ao nascer) ou adquiridas (por repetição, traumas ou desgaste acelerado) e se caracterizam por um encaixe imperfeito dos ossos, que provoca atrito entre eles e causa danos irreversíveis à articulação. Em longo prazo, a degeneração evolui para artrose do quadril.

O diagnóstico é relativamente recente e recebeu o nome de Síndrome de Impacto Femoroacetabular, com incidência em 10% da população e 70% em esportistas. Também é responsável por 50% a 80% de todos os casos de artrose de quadril.

Risco calculado

A síndrome do impacto femoroacetabular pode exigir intervenção cirúrgica, ainda que apenas em casos extremos. Os sintomas da síndrome começam com dores fracas, esporádicas ou contínuas e pioram com a atividade física. O diagnóstico exige um exame clínico acurado, seguido de radiografias, de ressonância nuclear magnética e até de artrorressonância magnética (contraste).

Esse tipo de síndrome é degenerativa progressiva, daí a importância de diagnóstico e tratamento precoces, sob risco de degeneração definitiva das articulações (artrose), mesmo em atletas mais jovens. As cirurgias da síndrome do impacto femoroacetabular podem ser por corte ou artroscopia do quadril (procedimento minimamente invasivo, com duas pequenas incisões para a passagem de cânulas com câmera e instrumentos).

Como é a síndrome do impacto femoroacetabular

Na síndrome do impacto femoroacetabular a borda do osso da bacia e a cabeça do fêmur não se encaixam perfeitamente, provocando atrito entre os ossos, com prejuízos para a cartilagem, que se destaca de modo irreversível.

Como uma coisa leva à outra, ocorre também lesão no labrum acetabular, que pode progredir para artrose. Esse problema biomecânico acontece nos extremos da amplitude de movimento (dobrado ou rodado para dentro) ou em explosões de força e é incapacitante, tanto em esportistas jovens como nos experientes (o risco é quatro vezes maior depois de 20 anos de treinamento).

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