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InflamaçãoNervo CiáticoPiriforme

Síndrome do Piriforme

Sob tensão excessiva, o músculo piriforme ataca o nervo ciático e tira os corredores de circulação

Por: Redação

Atualizado em 8 de abril de 2021

Foto: O2Corre

Causas

  • Causas Trauma na região das nádegas. Variações anatômicas e alterações biomecânicas — como rotação externa da perna inadequada e má postura — que encurtam o piriforme e sobrecarregam o músculo. Hipertrofia dos glúteos. Treinos frequentes em subidas, descidas e terrenos irregulares.

Sintomas

  • Sintomas Dor profunda e contínua localizada na região lombar e na glútea, na superfície posterior do quadril ou irradiada pelo nervo ciático ao longo do corpo. Formigamentos nas coxas ou dor irradiada pelos membros inferiores. Incapacidade de ficar sentado numa mesma posição. Dor noturna.

Tratamento

  • Tratamento Corrigir a postura e gestos do corredor, que favorecem a tensão do músculo piriforme. Caso não atenue a dor, recorrer à fisioterapia, com exercícios de alongamento de toda a região da cintura pélvica e reequilíbrio muscular por meio de exercícios do core. Infiltrar o músculo piriforme (com anestésicos e medicamentos), guiado por ultrassom ou tomografia. Repousar. A regeneração do nervo ciático é lenta (de quatro a seis meses), principalmente nos corredores que insistem em correr por meses com dor. “A terapia de sinais pulsáteis pode ajudar, mas é cara”, explica o dr. Lafayette Lage. A opção cirúrgica é pouco recomendada. Em geral, o tratamento conservador cura a lesão.

Prevenção

  • Prevenção Trabalhar especialmente os músculos profundos do abdome e o equilíbrio dos abdutores, adutores e rotadores do quadril. Evitar ficar muito tempo sentado.

Retorno às corridas

  • Retorno às corridas Não voltar aos treinos antes de cessar a dor na região lombar e dos glúteos. Só voltar se conseguir correr em linha reta e em curva sem sentir dor. Evitar as corridas em ladeiras, subidas e terrenos irregulares na volta aos treinos.
Tensionado em excesso, o piriforme cresce, irritando e inflamando o nervo ciático

Vital na mecânica das passadas, o músculo piriforme localiza-se bem no meio da nádega — sob o músculo glúteo máximo. Quando elevamos o pé do chão na troca da passada, ele ajuda a estabilizar a pelve, além de auxiliar na abdução e rotação externa do quadril.

Por baixo ou por dentro desse músculo passa o nervo mais longo do corpo humano, o ciático, que estende-se da região lombar até o dedão do pé. Estimulado (ou tensionado) em excesso, o piriforme cresce, irritando e depois inflamando o nervo ciático. Com isso, desencadeia-se a chamada síndrome do piriforme, ou dor glútea profunda, que acomete principalmente as mulheres.

“Constantemente, temos de rodar o pé para fora para nos equilibrar, frear etc. Isso faz com que o músculo piriforme se contraia. Ao mesmo tempo, ele comprime o nervo ciático, aumentando o risco de lesá-lo por esmagamentos de repetição, que gera a síndrome do piriforme”, descreve o ortopedista Lafayette Lage.

A dor causada pela síndrome do piriforme se concentra na região lombar e na glútea, mas pode se irradiar para a perna, coxa e região espinhal. Por isso, esta lesão é de difícil diagnóstico.

A chance de sofrer uma síndrome do piriforme pode aumentar com treinos frequentes em longos declives, subidas e terrenos irregulares, que forçam uma repentina rotação do quadril. A hipertrofia excessiva dos glúteos — prática comum entre as mulheres que malham em academias — também pode gerar essa lesão.

Outros atletas afetados pela síndrome do piriforme são os ciclistas, triatletas e frequentadores de academias, que passam muito tempo exercitando-se sentados. Ficar muito tempo sentado no trabalho ou passar horas dirigindo, aliás, também podem desencadear esse desconforto.

Dores parecidas, lesões diferentes

O piriforme tanto recebe a carga do peso corporal como é uma confluência de ossos, ligamentos, músculos, vasos e nervos, tanto da coluna vertebral como no quadril. Isso pode confundir até o médico mais experiente.

“Quando todas as causas de dor na região da coluna e do quadril são excluídas, pensa-se na síndrome do piriforme”, explica o ortopedista Giancarlo Polesello. Algumas das patologias que podem se confundir com a síndrome do piriforme são a lesão do menisco do quadril, o impacto fêmoroacetabular (síndrome do impacto), as hérnias de disco e a artropatia soropositiva na articulação sacroilíaca.

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