Como balancear seu ritmo em uma corrida?

Adicionada em 23 de setembro de 2010

Evitando-se os Erros

O início de uma corrida, seja para treinamento ou em uma prova é, sem dúvida, o melhor momento de todos os atletas, Amadores ou de Elite, mas…

Enquanto os primeiros quilômetros são mais fáceis de serem realizados, por outro lado, os demais, circunstancialmente, sofrerão um custo adicional que encarecerão a prova.

Desta forma, o corredor adota um esforço possível e ou desmedido. Isto se dará na medida em que a linha de projeção do ritmo possível (qualquer pessoa é capaz de correr rápido) estiver muito fora da linha de ritmo compatível (equilíbrio entre a velocidade e a quantidade em anos de treinos, ou a base), do corredor em questão.

Lembra-se dos primeiros quilômetros da sua primeira maratona? Foi muito legal sentir que tudo estava muito equilibrado. Suas pernas pediam mais, seu corpo pedia mais, sua mente pedia mais e, para sua surpresa, ao passar do 5º, 6º, 10º, 15º, 21º km sua corrida ficou mais difícil.

Em provas de curta distância também é possível sentir-se assim. Na saída parece que tudo vai muito bem, porém, e após os primeiros quilômetros, é possível sentir que o esforço inicial foi demasiado.

Equilíbrio

Para uma corrida de média e longa distância

O ritmo compatível em velocidade percentual a cada nível, em relação a distância que irá percorrer A=100%, B=70%, C=60% e D=50%, deve coincidir com a velocidade possível de cada corredor.

Desequilíbrio

Quando a velocidade desenvolvida até a metade da prova é de 100%

Provocará aumento no tempo por quilômetro, de acordo com a manutenção desta velocidade, podendo provocar quedas de rendimento na ordem de: A= 20%, B= 60%, C= 80% e D= 90%.

O resultado em provas e ou treinos para os corredores é inversamente proporcional a sua condição física, aqui exemplificada pelos níveis de condicionamento físico (velocidade compatível).

Quanto mais treinados, melhor será a persistência no evento, apesar do ritmo acelerado e, por tal esforço, mais baixo será o tempo final.

A distribuição de ritmo durante a prova (velocidade) define o resultado final: a velocidade diminui menos, quanto mais distante, além da metade da prova, atingir os 100% de ritmo possível.

Convenhamos que: velocidade possível e velocidade compatível são distintas e definem – Velocidade Possível equivale a velocidade que qualquer cidadão pode efetivar, independentemente do seu nível de condicionamento físico. Velocidade Compatível – é aquela em que se leva em consideração o nível de condicionamento físico, e a quantidade de anos de treinos (base). Você pode deparar com pessoas que treinaram por anos e, nem por isso, mantém ótimas condições físicas para desenvolver treinos e provas em ritmos mais acelerados.

As coisas mudam de figura quando os quilômetros passam e você sentiu que o esforço, até então, foi demais. O esforço desmedido nem sempre está associado, tão somente, as condições de erros pela definição do ritmo da prova.
Algumas circunstâncias podem modificar o esforço metabólico do seu corpo, após a metade da prova, por exemplo.

O que faz cansar o corredor?

Condições Emocionais: você fica demasiadamente nervoso e aí seu ritmo cai, na medida em que gasta mais energia e contrai seus músculos mais do que o necessário, não permitindo a recomposição muscular nos intervalos das passadas (fase aérea)

Condições Circunstanciais: você tropeça, entra no ritmo do Coelho, descuida nos pensamentos, se assusta com alguma coisa durante a prova.

Condições climáticas: a corrida de maratona é a mais provável de oferecer estas variações. Como exemplo, temos uma maratona no sul do Brasil na qual a temperatura, durante anos, ficava assim: primeiro, frio que chegava a 5 ou 6 graus e umidade relativa do ar extremamente elevada. Na segunda parte da prova, porém, a temperatura subia para 25/ 28 graus e o ar permanecia com sua umidade muito baixa. Este é um exemplo de condições climáticas assustadoras e muito severas ao corpo humano.

Condições Altimétricas: Sem dúvida, estas condições permitem o elevado nível de cansaço aos menos treinados e os mais treinados. É difícil permanecer imune as alterações altimétricas, pela exigência elevada do metabolismo de um corpo que corre rápido e tenta manter-se em equilíbrio.

Condições Nutricionais: “Você tem um motor forte com potência para 6.0 de velocidade, mas, está com o tanque de combustível vazio. Você não conseguirá dar a partida”. No caso do organismo humano, é muito fácil partir acelerado ou moderado para um treino ou prova, porém, o custo deste deslize serão as dores musculares, a intensa fadiga, a desmotivação progressiva e a desistência por desestímulo, cansaço excessivo, dores intensas, câimbras e lesões sérias.

Condições de ritmo: Conforme tratamos no quadro acima, o ritmo é, senão o primeiro, um dos mais importantes de um sem fim de cuidados para qualquer treino ou prova. Não importa o tamanho da prova e nem tão pouco suas condições específicas. É melhor cuidar dele antes de colocar os pés na pista para correr. Imaginar-se no ritmo do treino ou prova, pelo menos quinze minutos antes do início, traz benefícios inimagináveis para o corredor.

Conforme dados acima descritos

Velocidade Possível e Velocidade Compatível
O início: 60/70%……….Corredores A
O meio: 70/80%………..Corredores A
O fim:  90/100%………..Corredores A
Depois: Descanso……….Corredores A

Velocidade Possível e Velocidade Compatível
O início: 50/60%……….Corredores B
O meio: 60/70%………..Corredores B
O fim: 80/100%…………Corredores B
Depois: Descanso……….Corredores B

Velocidade Possível e Velocidade Compatível
O início: 50/60%……….Corredores C
O meio: 50/60%………..Corredores C
O fim: 70/100%…………Corredores C
Depois: Descanso………Corredores C

Velocidade Possível e Velocidade Compatível
O início: 50%………….Corredores D
O meio: 50%…………..Corredores D
O fim: 60/70%………..Corredores D
Depois: Descanso…….Corredores D