Use as passadas curtas a seu favor: os joelhos agradecem

Adicionada em 11 de agosto de 2023

Durante a prática de corrida de rua, os joelhos podem sofrer com a grande sobrecarga: ele precisa suportar, pelo menos, três vezes o peso do seu corpo – o que, com o acúmulo dos quilômetros, pode ocasionar problemas caso você não tome medidas preventivas para evitar lesões, como o fortalecimento muscular dos membros inferiores e do core. Porém, outra boa pedida é dar passadas mais curtas, o que também ajuda a evitar problemas.

Pensando no funcionamento do joelho ou na sua biomecânica, a forma mais segura de correr é, justamente, realizando essas passadas menores. Isso porque quanto mais perto do tronco o pé aterrissar (apoiar) durante a corrida, menor será a sobrecarga para o joelho, já que a alavanca e a ação da gravidade no movimento serão menores.

Você pode até argumentar, dizendo que alguns corredores, principalmente os profissionais, podem, aparentemente, mostrar passadas mais largas. O que acontece, na realidade, é que eles realizam uma maior extensão do quadril, fazendo com que a perna vá mais para trás, e o pé que apoia a passada à frente fique mais próximo do tronco.

Com essas passadas mais curtas não são apenas os joelhos que são beneficiados. Como elas trazem uma redução de carga e impacto, as pernas também sofrem menos, e, consequentemente, o desgaste articular e as dores ao redor do joelho são evitadas, além, é claro, de promover uma melhora na performance. Quando você tem maior agilidade muscular e um adequado tônus muscular, de forma equilibrada, os músculos ficam mais ágeis durante a corrida.

É por isso que corredores que não realizam exercícios dinâmicos possuem músculos de contração mais lenta, o que pode trazer uma maior sobrecarga aos joelhos. Quer fugir do problema? Inclua em sua rotina de treinamento exercícios como saltos, agachamentos, variação de circuitos, exercícios de aceleração e desaceleração, os famosos exercícios dinâmicos.

 

Fonte: Moisés Cohen, chefe do departamento de ortopedia e traumatologia da Unifesp e diretor do Instituto Cohen de Ortopedia, Reabilitação e Medicina do Esporte.